terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Muitas porções de felicidade para 2011

O Natal 2010 passou, trocamos presentes, comemos muitas coisas gostosas e compartilhamos com os mais queridos esta data amplamente comemorada por cristãos e não-cristãos. Acredito que o importante em todos estes anos é a reflexão sobre o que verdadeiramente é o Natal para nós. É evidente que, para muitos, esta data é apenas mais um feriado comemorativo em que se compra presentes e se espera a chegada do Papai Noel. Acho extremamente desagradável quando algumas pessoas se prendem a detalhes meramente materiais como decoração, presentes, comidas, bebidas, convidados,  ao invés de prepararem o coração para o real sentido do Natal, renovar os sentimentos e repensar nossas atitudes para com o próximo.
É uma alegria muito grande quando podemos passar o Natal junto dos nossos, da nossa base, a família. Quando somos crianças a magia do Natal é algo muito envolvente e encantadora! Por isso, por mais que os anos passem, temos que vez ou outra resgatar a criança adormecida.. Dentre vários Natais, lembro com muita clareza do de 86, tinha 4 anos, ganhei minha primeira Barbie, ela era morena com umas mechas loiras. Naquela noite fui dormir com a boneca nas mãos, um sorriso largo e pensando: "sou a criança mais feliz do mundo"... 






O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos...mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco!
Assim, neste NOVO ANO que se inicia possamos caminhar mais e mais juntos...
O ano se finda e tão logo o outro se inicia... E neste ciclo do "ir" e "vir" o tempo passa... e como passa!
Os anos se esvaem... E nem sempre estamos atentos ao que realmente importa.
Deixemos a vida fluir e percebamos entre tantas exigências do cotidiano o que é indispensável!
Que em 2011 tenhamos mais tempo para: amor, compreensão, diálogo, amizade, solidariedade, humildade, e generosidade. Força e garra para não desistirmos dos nossos sonhos!
Muitas conquistas pra todos nós! Aquele abraço fraterno!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Amigas

Quem é que não tem uma amiga? Pode ser a mãe, a prima, a vizinha, alguém do trabalho, da academia, da faculdade, do colégio, da igreja, da internet... Quero dedicar o post de hoje as minhas maiores e melhores amigas, aquelas que mantenho contato frequente . Algumas amigas deixaram a saudade de sua presença e, por um motivo ou outro, hoje apenas moram no coração.

Amiga de verdade, no meu ponto de vista, é aquela que tem prazer de estar com você.  Sente alegria de estar ao lado, junto " para o quer e vier ". Conversar, fofocar, rir, chorar... Confiar os maiores e piores segredos e que, mesmo distante, dá um jeitinho de saber como você tá. Quando tenho a oportunidade de estar junto das minhas: aproveito ao máximo! Não me prendo a mágoas ou ressentimentos. Ah, é óbvio que amigas se magoam, ué somos humanas! Mas as amigas de verdade se perdoam! Nos conhecemos tão bem que às vezes nem precisamos falar, nossos olhares dizem tudo. O número de amigas que tenho? Pouco importa! O importante é que EU TENHO e sou imensamente grata à Deus por elas existirem!


Um rápido feedback das melhores e mais importantes na minha vida:
Carlinha: Prima irmã, antes de nascer já nos conhecíamos. Crescemos juntas, brincamos juntas e descobrimos muitas coisas juntas! Admiro a sua garra e amizade!
Paulinha: Amiga que conheci no grupo de jovens, lá pelos 13 anos. Temos muitas histórias juntas, fizemos coisas que até hoje nos perguntamos: como fizemos aquilo? Admiro sua coragem e simplicidade!
Mari: Também conheci no grupo de jovens lá pelos 16 anos, temos uma sintonia incrível! Admiro sua lealdade e determinação.
Jú: Conheci também no grupo de jovens, deve ser pelos 16 anos também. Admiro sua generosidade e meiguice. Sabe aquela amiga cuti-cuti? É a Jú!
Clarissa ( Boca ): Conheci na faculdade, há 8 anos atrás, já chorei muito no colo dela. Admiro sua forma extrovertida de levar a vida e seus dons culinários. 


Érico Veríssimo já havia pensado sobre a amizade verdadeira:

"A amizade é um amor que nunca morre.
A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem.
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível
...
Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante.
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...
Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever
a meta e que percorre conosco um trecho do caminho
Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os.
Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas...
Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!!
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.
Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior
homem do mundo morreu de braços abertos.
Elogie os amigos em público, critique em particular.
Errar é humano, perdoar é divino."




Meninas eu poderia ficar escrevendo muitas e muitas coisas sobre cada uma e o quanto vocês deixam a minha vida mais feliz. Vocês são únicas e insubstituíveis! 
Claro que tenho outros amigos que estou descobrindo, cultivando, estão crescendo.. Assim como outros que compartilhei e, às vezes, compartilho momentos maravilhosos
- Manu, Queli, Ramon, Greice, Maira, Majory, Clovis, Ane, Ana Bald, Paula Aguiar, Pati, Adri, Fabi, Camilla, Mozart, Felipe Brathwaite, Ana Duarte, Denise, Vivi, Pri, Léo, Thayana... Todos em ordem cronológia! 


Amigas: vocês tornam tudo mais especial, cada uma com seu brilho, sua particularidade, seu toque e sua imensa importância! Espero jamais decepcioná-las ou magoá-las! Amo demais... e com certeza vocês são PORÇÕES GIGANTES DE FELICIDADE na minha história.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O choro

Hoje coloco um texto de Marina Gold, para nossa reflexão.
 
"Almejamos (para nós e para todos) uma "vida boa", existência em harmonia com a ordem cósmica, tanto quanto possível, justa e sábia. Essa busca é ótima, mas (e não sei se todos concordam, se todos têm maturidade para concordar) há um outro lado das coisas e dos desafios humanos, uma espécie de força da imperfeição, atrativo perturbador de caos, descontrole, indiferença e loucura. Simples assim, por mais que nos desagrade: não existe harmonia sem se levar em conta a desarmonia.
 
Ao longo da vida os estados de clareza se misturam aos brutos, paixões obscuras e delirantes competem com trajetórias de serenidade, autoconhecimento e domínio de si. Momentos de sabedoria lutam com os de excesso. Ao lado da festa e da alegria, do prazer e da satisfação, do bom humor e do amor, encontramos também, oposição disso tudo, o medo e o ódio, a desordem e a morte. Ninguém se iluda, a vida é um vulcão. Aqui a lágrima entra com o seu papel. Vejamos:
 
Símbolo de nossa fragilidade, o choro nos afeta de maneira íntima. Busca de salvação, revela itinerários possíveis para os indivíduos que somos, plantados no coração de um universo belo, cuja eternidade escapa por todos os lados.
Chorar reorienta nosso modo de ver as coisas, reorganiza a vida. Ruptura radical com as ilusões, coragem de encarar as angústias inerentes à nossa condição humana, o choro, antes marca de sabedoria do que de tristeza, de grandeza do que de covardia, é possibilidade para nos compreendermos melhor.
Vivemos uma época que nos impõe uma "suprema felicidade", frenética, contagiante disposição para o hedonismo e diversão. O dever de ser alegre salta sobre nós a cada passo que avançamos. A pergunta séria, que infelizmente tantos evitam com toda força, é: dá para ser feliz nessa inflação de felicidade?
Vamos entender que não é necessário encarar a infelicidade como uma lepra. Aliás, assim poderemos conviver melhor com ela e, buscando ponto de equilíbrio, encontrar mais plenitude e liberdade. Adultos devem aceitar: a vida carrega a marca pesada do tédio, desamor, morte. Nem por isso deixa de ser bela.
 
Eu, de minha parte, sigo assim: gosto mais da legitimidade do choro do que do riso forçado. Cedo ou tarde, as lágrimas se enxugam, os olhos se abrem e a vida prossegue mais forte, coerente e lúcida."

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Minha filha, meu anjo

Minha amada Giovana,


Há três anos atrás eu podia sentí-la em meu ventre. Podia sentir todos os teus movimentos na minha barriga e escutar teu coraçãozinho bater fortemente. Aquele ano de 2007 foi todo teu! Trouxeste no início muitas incertezas, medos e inseguranças. Mas nunca, em nenhum momento, foste rejeitada. A mamãe não conseguia acreditar que tu crescias dentro dela mas, logo que fez a primeira ecografia, os teus batimentos cardíacos foram como uma canção de amor, uma emoção tão grande que as lágrimas de alegria foram inevitáveis! Mudaste radicalmente a vida do papai e da mamãe. Além das mudanças materiais e físicas, trouxeste o nosso amadurecimento pessoal, aquele interior, que não conseguimos explicar mas são sutilmente perceptíveis pois transparecem através das nossas atitudes.



Dia 07 de dezembro de 2007, a data estava marcada e a espera, repleta de ansiedade, aguardada. Estávamos preparados pra te receber. Tinhas um guarda-roupas de dar inveja, acessórios para cabelo, sapatinhos, mamadeiras, bolsa, cobertor, brinquedos, jóias, banheira, um carro 0 km e centenas de fraldas. Além de todos estes itens, tinhas o mais importante: o amor de todos os familiares. Estavam no hospital além da mamãe e o papai, a vó Luiza, o vô Adélson, a tia Claudinha, o tio Gérson e a prima Thamyne!

Dia 07 de dezembro de 2007, 20:35h, nasceste e bravamente lutaste pela vida. Que paradoxo: o dia mais triste de todos teve sua porção de felicidade... Feliz, porque apesar de toda tristeza, pude realmente sentir brotar de dentro do peito uma enxurrada do amor maternal quando te peguei nos meus braços. Sentimento único, jamais sentido até aquele momento. Só quem é mãe pode compreender do que falo. Nossa guerreira, duas horas foi teu tempo aqui conosco! Tempo curto, mas suficiente para deixar uma profunda marca na nossa história. O papai foi incansável em consolar a mamãe e forte para atender os telefonemas, responder as mensagens e cuidar de todos os procedimentos burocráticos da tua partida.
Como dizer aos amigos que você nos deixou tão cedo? Como chegar em casa sem você nos braços, filha? E as tuas coisinhas? Ficaram intocáveis por alguns dias.
Como suportar tamanha dor da perda? Uma ferida gigante se abriu no coração, hoje ela está cicatrizada, mas basta fechar os olhos pra voltar a sangrar, doer, latejar...



Fernandinho, do Ministério Faz Chover, fez uma canção que é a oração que adotei por muitas vezes para amenizar a tristeza:

Restitui
"Os planos que foram embora
O sonho que se perdeu
O que era festa e agora
É luto do que já morreu
Não podes pensar que este é o teu fim
Não é o que Deus planejou
Levante-se do chão!
Erga um clamor!
Restitui!
Eu quero de volta o que é meu
Sara-me!
E põe teu azeite em minha dor
Restitui!
E leva-me às águas tranqüilas
Lava-me e refrigera a minh'alma
Restitui...
E o tempo que roubado foi
Não poderá se comparar
A tudo aquilo que o Senhor
Tem preparado ao que clamar
Creia porque o poder de um clamor 
Pode ressuscitar.."

Dias sombrios, dias que procurei ressuscitar a coragem para sorrir mesmo em meio às lágrimas, ressuscitar a esperança de dias melhores e as forças para encarar os fatos para tocar a vida adiante mesmo sem ti.
Fizeste a tua parte minha filha, vieste a este mundo com um propósito que se cumpriu: selar de vez a união da mamãe e do papai. 


"O que um anjo uniu, o homem não separa"